Programa de Ensino da Bauhaus

Em relação à divisão do ensino nos cursos da Bauhaus, é fato que o ensino artesanal seria o componente essencial, já que como fundamento da escola, todo estudante deveria aprender um ofício. Com esse propósito, os conceitos de Gropius, ou seja, do ensino artístico integrado ao ensino de artesanato, tornou-se obrigatório para todos os estudantes conforme considerações de Wick (1989).
O artesanato não era um meio isolado, mas um meio imprescindível para se chegar a um fim. Em face à implicação social empregada ao conceito do artesanato, o pensamento de Gropius valorizou-se pedagogicamente. 
Pode-se identificar na estrutura do ensino proposto na Bauhaus três momentos ou etapas: o curso preliminar, a aprendizagem nos escritórios e os cursos opcionais. Na primeira etapa ou curso preliminar os estudantes adquiriram a formação básica e identificavam suas fortalezas para os cursos de especialização e para o trabalho futuro nas oficinas. 
Na segunda etapa ou aprendizagem nas oficinas, aplicava-se principalmente a teoria da forma procurando-se com isso reunir no aluno a habilidade criativa do artista e o conhecimento técnico do artesão. Na última etapa de formação, o estudante vinculava-se a um núcleo de ensino escolhido de maneira opcional no caso do aluno interessar-se em continuar seus estudos e converter-se em mestre. 

Diagrama feito por Paul Klee.

Esta estrutura para o ensino na Bauhaus foi esquematizada por Paul Klee numa série de círculos concêntricos de quatro camadas. O círculo exterior representa o curso de ensino preliminar com duração de seis meses. A camada seguinte contém os cinco cursos de teoria (natureza, materiais, construções e representação, espaço, cor e composição); a terceira camada contém as sete oficinas (argila, pedra, madeira, metal, tecidos, cor, vidro), estas duas com uma duração de três anos ao todo. 





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