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Mostrando postagens de maio, 2019

Pioneirismo arquitetônico do patrimônio industrial.

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Um dos mais belos exemplos de patrimônio industrial é o “Großgarage Süd” em Halle (Saale). Construído em 1929 por Walter Tutenberg, a arquitetura do edifício estava muito à frente do seu tempo. O elevador de veículos era uma solução inédita para a época. Embora o edifício tenha sido adaptado com rampas um pouco mais tradicionais, o edifício garagem continua a ser o único do seu tipo ainda em uso na Alemanha.

Obras inéditas da Bauhaus serão exibidas em dois museus no ano do centenário

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Fotografias inéditas da primeira documentação da Bauhaus pelo fotógrafo Erich Consemüller serão exibidas na cidade de Weimar e outra coleção com cerca de 49.000 obras estará exposta na Fundação Bauhaus Dessau na cidade homônima. Outros dois novos museus da Bauhaus serão inaugurados em 2019, apresentando os maiores acervos da Bauhaus reunidos sob um mesmo teto.

Objetos Bauhaus

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Apesar de menos conhecidos que as peças de mobiliário, a equipe da Escola também projetou alguns objetos originais e criativos. Tabuleiro de xadrez de Hartwig Tabuleiro de xadrez criado em 1922 por Josef Hartwig. O tabuleiro de xadrez idealizado pelo designer alemão Josef Hartwig é inovador porque o layout de cada peça indica o tipo de movimento que ela é capaz de fazer. Na altura em que foi criado, Hartwig era o chefe da oficina a cargo da marcenaria da Escola e pensou em criar o objeto com dimensões pequenas (o tabuleiro mede 36 cm por 36 cm e o rei tem 5 cm de altura). A criação é um exemplo típico da Bauhaus porque procura agregar funcionalidade e beleza. Um dos tabuleiros originais criados pelo alemão faz parte do acervo do MoMA (Nova Iorque). Até hoje réplicas da criação podem ser encontradas no mercado. Abajur Wagenfeld-Leuchte (ou Bauhaus-Leuchte) Abajur criado por William Wagenfeld. A luminária simples e geométrica que segue sendo um ícone da Bauhaus é

Mobiliário Bauhaus

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Além de investir na arquitetura e nas artes plásticas, os docentes e alunos da Escola criaram uma série de móveis seguindo as doutrinas aprendidas. Conheça algumas das peças mais famosas: Cadeira Vermelha e Azul Cadeira Vermelho e Azul, projetada por Gerrit Rietveld. Gerrit Rietveld criou a célebre cadeira Vermelho e Azul no ano de 1917 e teve como inspiração a pintura de Mondrian. O criador era filho de um fabricante de armários e desde muito cedo começou a projetar móveis ao lado do pai. Em 1917, inaugurou o seu próprio negócio e imaginou o primeiro protótipo da cadeira, que viria a ser realizada em madeira maciça, sem qualquer pintura. Somente mais tarde, Rietveld decidiu dar cor a peça escolhendo homenagear o também colaborador do movimento, Mondrian. Mesas aninhadas de Breuer Mesa de tubos de ferro criada em 1928, design de Marcel Breuer. Marcel Breuer, arquiteto e designer húngaro-americano, costumava trabalhar com aço tubular e com e

Arquitetura Bauhaus

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A arquitetura sustentada pela Escola buscava formas e linhas simplificadas e definidas pela função do objeto. Era o princípio do design moderno e clean. As edificações do gênero em geral tem contornos simplificados e geométricos. Muitos dos edifícios são elevados por pilares (pilotis) provocando a ilusão de estarem suspensos. Exemplo de construção elevada sobre pilotis. O projeto Bauhaus almejava alcançar uma relação íntima entre arquitetura e urbanismo e estimulava o predomínio de linhas retas e sólidos geométricos. Outra característica bastante presente é o fato das paredes aparecerem lisas, cruas, em geral na cor branca, deixando o protagonismo para a estrutura da construção. Bauhaus e Tel Aviv, a capital de Israel Os ensinamentos da escola criada originalmente na Alemanha foram bastante difundidos na capital israelense, que atualmente reúne o maior número de edifícios construídos segundo o estilo Bauhaus no mundo. A tendência ganhou fôlego na década

Programa de Ensino da Bauhaus

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Em relação à divisão do ensino nos cursos da Bauhaus, é fato que o ensino artesanal seria o componente essencial, já que como fundamento da escola, todo estudante deveria aprender um ofício. Com esse propósito, os conceitos de Gropius, ou seja, do ensino artístico integrado ao ensino de artesanato, tornou-se obrigatório para todos os estudantes conforme considerações de Wick (1989). O artesanato não era um meio isolado, mas um meio imprescindível para se chegar a um fim. Em face à implicação social empregada ao conceito do artesanato, o pensamento de Gropius valorizou-se pedagogicamente.  Pode-se identificar na estrutura do ensino proposto na Bauhaus três momentos ou etapas: o curso preliminar, a aprendizagem nos escritórios e os cursos opcionais. Na primeira etapa ou curso preliminar os estudantes adquiriram a formação básica e identificavam suas fortalezas para os cursos de especialização e para o trabalho futuro nas oficinas.  Na segunda etapa ou aprendizagem nas oficinas, aplic

O que representou a Bauhaus?

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Era um movimento que demonstrava interesse na produção em escala industrial de forma a democratizar projetos que unissem beleza e funcionalidade. A escola introduziu ainda o uso de novos materiais pré-fabricados, a simplificação dos volumes, geometrização das formas e predomínio de linhas retas, em tudo que era produzido.  Ela aproximou o mundo da arte ao mundo da produção industrial, trazendo à tona a expansão da industrialização e, portanto, diversos aspectos da modernidade. 

Características da Bauhaus

Como já sabemos, a Escola tinha uma proposta inovadora e rompeu com o ensino clássico da arte ao estimular a produção de objetos que tivessem como prioridade um resultado final. Conheça abaixo algumas das principais características da instituição de ensino multidisciplinar: Foco no funcionalismo: a obra deve ter um propósito e atender a ele; Uma obra deve ser capaz de ser produzida em grande escala e para qualquer tipo de público; Segundo a orientação da própria Escola, o importante era estimular “o hábito de pensar, idealizar e projetar o processo produtivo por inteiro”; O artesanato deve deixar de ser um meio isolado para passar a ser um meio imprescindível para se chegar a um fim; Apesar da escola presar o funcionalismo, o intuito era criar obras que se mantivessem distantes de qualquer espécie de tédio ou cansaço. Embora os produtos tivessem muitas vezes contornos simples, era suposto surpreenderem o utilizador, por exemplo, através das cores.

O fundador Walter Gropius (1883-1969)

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Criou a Bauhaus ao fundir duas outras escolas, a de Artes Aplicadas e a Academia de Belas-Artes da Saxônia, após a Primeira Guerra Mundial. Seu período na direção, de 1919 a 1927, ficou conhecido como “anárquico expressionista”, já que sua proposta unificadora desafiava várias tradições. Gropius ficou no comando até 1927. Principais projetos: A fábrica Fagus, em Alfeld, Alemanha (1911), a sede da Bauhaus , em Dessau, Alemanha (1925), e o pavilhão da Pensilvânia para a Exposição Universal de Nova York (1939). Fábrica Fagus, em Alfeld, Alemanha Sede da Bauhaus , em Dessau, Alemanha

A fase de consolidação (1923 - 1928)

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Por desacordos com as novas autoridades nacionalistas, em 1925 a Bauhaus foi transferida para Dessau. Para isso Walter Gropius projeta um novo edifício para a escola que sintetiza o significado do movimento moderno em 1920. Com umas nova equipe de professores: Bayer na tipografia, Josef Alber no curso básico, Narcel Breuer no mobiliário, e Gunta Stölzl na oficina de tapeçaria e Hanne Meyer, grande representante do movimento moderno, passa a comandar o novo departamento de arquitetura. Devido a quebra do desacordo com as autoridades socio-democratas, vários importantes professores e o próprio Gropius abandonam a escola e Hannes Meyer, alimentado por idéias Marxistas, torna-se o novo diretor da Bauhaus de 1928 à 1930. Esta fase teve como principal objetivo a aproximação da indústria e da produção em série. Procurou-se uma viabilização enconômica através da produção nas oficinas. Aqui eram desenvolvidos projetos mais complexos e diversificados. Concluía esta segunda fase, os aluno

Fase da Desintegração (1929 - 1933)

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Em 1928 Gropius, fatigado pela pressão pressão política do crescente partido de direita resolve sair da direção da Bauhaus para trabalhar em Berlim como arquiteto, assumindo assim, o também arquiteto e chefe do departamento de arquitetura de Bauhaus Hannes Meyer, a direção. Agora Bauhaus abandona Definitivamente a ideia de uma escola de arte e torna-se absolutamente imperiosa a ideia de um local de produção voltado a satisfação e necessidades sociais. O departamento de arquitetura agora assume o papel fundamental na escola sendo seu principal ponto de investimento e desenvolvimento. As classes de arte antes presentes na Bauhaus eram agora oferecidas como cursos livres como o curso livre de pintura.  Por motivos políticos Hannes Meyer é substituído em 1930 por Mies van der Rohe.  Em consequência da derrota dos social-democratas em Dessau em 1932, a Bauhaus viu-se forçada novamente ela deixar sua sede movendo-se para Berlim como Instituto privado. Mesmo dando continuidade ao seu traba

A fase de fundação (1919 - 1923)

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A primeira sede da Bauhaus foi fundada por gropius na cidade de Weimar Uma nova metodologia de ensino quebrando barreiras entre o artístico e o prático, com o desenvolvimento do processo de produção em massa. "Nesta fase era pretendido um trabalho criativo. O objetivo era tornar a Bauhaus uma instituição educacional que atendia ao comércio e a indústria, exercendo influência  no design e no mundo. Nesta fase o ensino era o fundamento da própria Bauhaus, onde os estudantes eram libertos de qualquer pre conceito em relação ao belo e a estetica"

As fases da Bauhaus

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Três sedes, três diretores, três fases. Bauhaus pode ser analisada sob a ótica de três diferentes períodos:  FUNDAÇÃO, CONSOLIDAÇÃO E DESINTEGRAÇÃO. As três fases que se seguem constituem o curto porém intenso período de vida da Bauhaus.

Como lidava com a arte?

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A Bauhaus foi realmente inovadora e muito alinhada com o contexto histórico, trazendo uma proposta totalmente nova de ensino. Além das artes plásticas,arquitetura, escultura e design, a escola oferecia cursos de teatro dança e fotografia. Frederico Flósculo, professor de arquitetura e urbanismo na Universidade de Brasília, em entrevista, ressalta a importância do movimento mesmo para quem estuda aquelas matérias hoje “Eles ensinavam a construir, mas também a dançar, costurar, pintar, soldar, esculpir. Todas as artes eram questionadas com relação ao novo século industrial que começava. Desenvolveram um modelo de ensino altamente experimental, voltado ao uso humanista das tecnologias. Inspirador!”